sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Deixar no berço até cansar de chorar e dormir?? Oi ??

Essa semana me vi em uma discussão com algumas mães de um grupo que faço parte no Facebook.
Houve uma postagem em que uma mãe dizia que seu bebê de poucos meses não queria dormir sozinho de jeito nenhum, que chorava muito no decorrer do dia, atrapalhando seus afazeres e que ela tinha medo disso atrapalhar sua vida e seu casamento, pois seu esposo não queria mais que o bebê dormisse com eles.
A postagem teve mais de 300 comentários. Virou até bate boca. Eu fiquei só observando a quantidade de opiniões diferentes em relação a esse assunto.

O que mais me chamou atenção foi o fato de algumas mães terem a seguinte teoria:
"Deixa no berço chorando que ele se acostuma. Se você pegar no colo uma vez, ele vai usar isso contra você todas as vezes e vai ficar mal acostumado."
Confesso que esse tipo de pensamento me dói lá no fundo da alma.
Não estou aqui pra julgar como as pessoas devem educar ou tratar seus filhos, mas isso não condiz com o que eu acredito, com o que eu vivi e vivo até hoje.

Quando a Bíblia diz que o povo padece por falta de conhecimento é a mais absoluta verdade que existe. Falta para algumas pessoas estudar, se aprofundar em alguns assuntos, parar de achismos e de conversa de comadre e ir atrás de informação sólida.
Um bebê NÃO tem o poder de manipular ninguém. Ele não nasce com essa capacidade de: "Se eu chorar e me pegarem, vou usar isso toda vez !".
A criança até os dois anos de idade age de maneira intuitiva. 
Esse texto explica melhor:
Clique aqui !

Imagine-se sendo um bebê, sem poder se levantar sozinho, sem saber expressar fome, dor, frio, calor, desconforto por estar na mesma posição ou simplesmente estar com saudade do colinho. Como se comunicaria? Chorando.
Todo choro tem fundamento. Nós, adultos, podemos estar secos, alimentados, bem vestidos e não estarmos plenamente satisfeitos. Por que um bebê tem que estar? A diferença é que nós expressamos emoções falando. Os bebês chorando. Eles são seres humanos como nós. Taxá-los como manhosos ou mal acostumados é muita crueldade. 
Um bebê passa nove meses dentro de um útero. Um espaço apertadinho, escurinho e quentinho. Daí ele nasce e vai pra um berço enorme, frio e sem aconchego. A única casa que ele conheceu até então não existe mais. Tudo pra ele é novo. Ele não sabe onde está. 
Por isso me deixa tão triste gente que literalmente taca o neném no berço e deixa se esgoelando falando que "tem que se acostumar".
Desculpa. Não engravide. Não queira ser mãe. Por que parir é fácil. Ser mãe é outra coisa.

Uma criança não atendida se torna insegura (não to falando do que eu acho, to falando do que eu estudei). Uma criança que não tem o apoio dos pais, a segurança da mãe principalmente nessa primeira infância, apresenta dificuldades de aprendizado futuramente e pode desenvolver doenças psicossomáticas, como estresse, ansiedade, depressão e pânico.

Eu atendi a Giovana todas as vezes que ela chorou. TODAS. Com fulana, sicrana e beltrana me criticando por estar mal acostumando a minha filha. Eu fiz o que eu aprendi, eu fiz o que fizeram comigo. 
Ao contrário do que pensam, a criança não se torna mimada e dependente. Sinceramente, minha filha hoje tem 7 anos e passada a fase normal de birras por volta dos 3 ou 4 anos, é super independente, segura e não tem nada de mimada. Sabe receber um não, sabe lidar com frustração, sabe se relacionar com as pessoas. Já recebeu medalhas no colégio em gincanas de matemática e ciências. Adora ler, escrever, as notas são sempre acima de 8. Quando chega na escola as amiguinhas a rodeiam, é querida por colegas e professores. É carinhosa, adora ler a Bíblia, falar de Deus, ama os animais.
Dorme sozinha, sabe lavar louça (só deixo coisas de plástico..rs).
É criança, tem coisas de criança às vezes. Mas o que eu mais escuto dos meus amigos e familiares é: "Essa Giovana é demais."
Meu cunhado sempre se admira pelo vocabulário dela e pela maneira como se comporta.
Não to puxando sardinha pro meu lado (ok, só um pouco...rs..me empolgo falando dessa princesa), mas essa é a prova que atender uma criança não "estraga" a criança.

Outra coisa: a moça do post estava preocupada porque o marido não queria mais o bebê no quarto e ela estava tendo que optar entre o marido e o filho.
Perguntas: esse casal não conversou antes de ter um filho? Esse homem não sabia que seria assim por 1 ou 2 anos? 
Sei lá, nesse assunto nem quero me aprofundar senão seria grosseira. Melhor ficar calada.

Resumindo: independente do que me falem, agirei igualzinho agi com a Giovana com esse bebê que carrego em meu ventre.
Novamente: não quero dizer como as pessoas devem criar, educar, tratar os seus filhos. Cada um age como quer. Cada um planta a semente que quer colher.
Mas EU atenderei meu filho ou filha SEMPRE. Eu não tratarei um bebê com a mesma severidade de um adulto.
Filho é pra ser amado, abraçado, cheirado, mordido, apertado...rs.
Eu dou tanto amor que às vezes a Gi fala: "Chega, mãe !!"...rsrs
Quando quero abraçá-la quando vai entrar na perua escolar, apertar suas bochechas, dar aquele cheiro no pescoço ela fica toda acanhada...rs
Filhos são eternos bebês. Eu nem noto que ela já está uma mocinha.

Parir é fácil. Difícil é ser mãe.


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